Sweet Chaos

Padrão

Sabe esse negócio que tem aí do lado? Esse espaço onde a gente coloca links e tals? É, esse aí. Olha lá embaixo. Tem os livros que li, estou lendo e lerei. Juro que não tenho a mínima idéia do porque fiz desse jeito. Tipo, sempre gostei de pôr os livros que estou lendo e vou ler porque, primeiro, me lembra das minhas pretensões e me dá um pouco de foco. Senão eu saio lendo tudo. Um parágrafo aqui, outro ali. Aí vocês olham pra essa foto aqui embaixo e percebem o tanto que eu estou perdida se eu não tiver um minimozinho de foco.

Sacou o drama? Essa é a estante do meu quarto. Por sinal, tá uma poeira só. Vou limpá-la hoje. A preguiça reina demais, mas sou um ser humano que tem limites para aguentar um quarto bagunçado hoje em dia. Faz quatro dias. Acho que chega.

Então, foco.

Outro motivo pelo qual faço isso aí é porque aí eu posso comentar os livros que li e estou lendo e tals e vocês não ficam tão perdidos, porque os nominhos aí têm links pra wikipedia e afins e tudo mais.

Terceiro demonstro pra vocês que eu sou inteligente demais!

Mas, então. Adianta nada. Tipo, não estou lendo Crime e Castigo. Não porque não seja capaz, afinal, livro preferido de 90% do orkut não deve ser tão difícil de ler. Problema é que Dostô é escorpiano demais pro meu gosto e eu gosto de limites. Vai saber expressar o tormento de uma alma assim lá na Sibéria! Não é momento, sabe?

Toda vez que li dostô eu tava numa nize. Quando li Memórias de Subsolo chorei demais porque identifiquei os sentimentos deprê, mas tava assim, naquele momento em que tá tudo em paz, embora uma semana atrás tava tudo destruction mode. Eu diria que era um momento seis de espada, assim, tarologicamente falando. Eu não estava assim, no exato momento em que a vida está horrível, e mais numa filosofia “shit happens, so, whatever, dude“.

Quando eu li O Idiota, cara, tava bem demais! Nunca fui um ser humano tão focado e in action na minha vida. Fazendo Curso de Verão, depois de sofrer hiper decepção, fui super madura e me disse: Te dou uma semana pra ficar chateada e depois vamos resolver essa parada. Passei uma semana sendo best friend da Tyra ( vendo American Next Top Model e acumulando sabedoria) e comendo. Depois, bicho, fiz as matérias de Verão, comecei meus estudos pro IRBr e ainda comecei minha reeducação alimentar que me fez perder nove quilos! Dos quais só voltaram para visitar dois (e já estão sendo expulsos).

Momento sublime do equilíbrio emocional.

Já hoje, não é que toda minha maturidade tenha ido para sempre junto com meus nove quilos, mas é que assuntos mal resolvidos estão sendo resolvidos na marra e aquele momento sublime da vida de quase todos os recém formados. “E aí? Faço o quê agora?” Procurar emprego, viver em casa de mãe, ganhar pouco, estar a família inteira numa pindaíba de dar dó (ontem ganhei a disputa com a minha irmã. Ela tinha doizão, já eu tinha oitenta e cinco. Centavos. Mãe, A rica mór, tinha cinco conto.). Além daquela situação bo-ni-ta de, “Futuro? Sei não. Só a Deus pertence, né não?”

Vou ler a profunidade da culpa do cara que resolve cometer um crime? Toda aquele tormento, todos aqueles bandos de pensamentos que se passam em um imenso parágrafo na mente neurótica do personagem principal e na do Dostô? Não, filha, vou ler Buda que é o que mais seria recomendado…

Aí, na verdade estou lendo Erich Fromm. E rola, antes de acabar de ler o livro (que é tão demais que eu to grifando as frases), aquela vontade imensa de sair comprando no sebão todos os outros. Que bom que a chefa me emprestou outro dele que tem um título escrito bem grande assim “Ter ou Ser?” aí eu me toco de que nem acabei O Medo à Liberdade ainda. Mas, preciso demais TER e SER A Arte de Amar!! Dezesseis legais e eu consigo comprar. Só vou pagar um mês da Renner!

Minhas prioridades me deixam maravilhada! Já contei pra vocês que eu morro de saudades da época em que eu podia escolher entre comer ou comprar sapato? Comer ou tomar ceveja? Morro!

Pobres dos meus amigos, pagavam o pato. Mas, não, muitas vezes a UnB levava meu dinheiro em livro e xerox. Não era só peruagem não, na maioria das vezes, quando eu peruava, comprava umas comidas tosks e vivia delas. Tipo, almoço de pobre todo dia. Arroz, ovo frito, tomate com azeite e uma banana. Nossa, bom demais. Ou uma macarronada que durava semana.

Thiago odiava me ouvir falar pela quinta vez que eu ia comer macarrão com salsicha e me levava pra comer comida de vegetariano. Nossa, coração até amolece de saudades.

Mas, então. Foco. Antes do Erich Fromm, li Harry Potter, obviamente. Erich Fromm chegou embrulhadinho via estantevirtual no dia exato em que fique sabendo do bafão que Harry potter tinha vazado. Como que fica tranquila e vai ler outra coisa? Não, não. I go through the distances, lembra? Pelas coisas e pessoas que eu amo. Destruo meus nervos ópticos! Lembram?

Aí Os Cisnes Selvagens que seria a próxima leitura e que eu já comecei, vai ficar não sei pra quando. Porque agora tenho que ler muitos livros de Psicologia pro concurso da Eletrobrás e quero ler o livro de gestão cultural que comprei também e fazer o projeto do site dos Imaginários que eu acho que rola muito de fazer e conseguir uma verba. E tenho que arrumar o projeto de Pacífica e dos Caçadores de Informações, fazer um mini roteiro e quando sair edital do MinC pedir verba pra comprar a alma de um desenhista. E tenho muito que aumentar a frequência de traduções do GVO Português . E tenho que ali arrumar meu quarto.

Mas, então, como o Casa é super minha casa e por ser minha casa vive passando por momentos de caos e arrumação, caos e arrumação (Marte em Virgem luta sozinho nessa vida, sabe? Contra um bando de planetas amontoados na terceira casa e apoiados pelo Sol. Marte em Virgem só não desiste porque está na primeira casa e é brasileiro e não desiste nunca). Eu estava qui pensando em ter um ooooooutro blogue. Um mais… Profissional, sabe? Acho que essa minha incursão no GVO Português me fez ver o tanto que um blogue pode ser sério e o tanto que isso pode contribuir pra alguma coisa, nem que seja aos poucos, indo pelas beiradas, mas contribui.

Aí o Casa continua sendo o espaço onde eu faço textos à toa, e a Marina vem e fala que tem português errado e me consola dizendo que eu não emburreci, só preciso de foco (constante na minha vida, héin?). E o Casa fica sendo meu espaço livre, enquanto no outro blogue… Não, eu não vou escrever só textos sérios, mas vou tentar fazer uma coisa espontânea de menos, por assim, dizer. Uma coisa em que eu preze mais pelo entendimento do leitor. Onde eu posso fazer colunas, onde posso fazer textos sobre os livros que leio e onde posso enfiar uns projetinhos de escrita que vivo tendo e que toda vez que penso em fazer no Casa, acho que não tem nada a ver.

Mas, então, será? Porque aí vou ter três blogues e vocês sabem o quanto a palavra constância é uma coisa estranha pra mim em termos de escrita. Mas, eu estou progredidndo, Penny Lane já tem dois fascículos prontos e um começado, os prontos só esperando uma revisãozinha. Quando a história da minha filhota acabar, usarei o espaço para enfiar contos, principalmente contos dela. Vai ser muito divertido.

Marte em Virgem gosta muito de separar as coisas, e organizar e dizer “Você se expresse à vontade aqui, trabalhe aqui, crie ali. Agora, todo mundo fazendo seu cronogramas, vamos parar de jogar papelzinho aí no fundão? Ó o respeito, né minha gente!” E como meu mapa astral é meio idêntico a uma sala de aula dos “alunos problemas”, com um bando de planetas metidos a intelectuais autônomos, uma vênus super man eater, uma lua super eu quero ser original e um plutão eu-sou-o-cara-atormentado-e-creepy-do-fundão, o Marte tem que fazer um esforço dobrado.

Eu acho que seria legal… Eu acho que eu poderia me esforçar… E eu acho que algum amigo legal webdesigner poderia fazer template pra todos eles. =)

Bem, projetos. Vou planejá-los com atenção. provavelmente vou fazer o planejamento aqui. Aí vocês vão ver o tanto que eu sou original. Planejo numa espécie de caos criativo e faço o brainstorm mais organizado do planeta.

Lua em Aquarius, gente, aprende aí.

Deixe um comentário